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Ao redor do mundo, cerca de 1 bilhão de pessoas com deficiência passam diariamente pela dificuldade de ter seus direitos de igualdade de acesso limitados. Isto não se limita a espaços físicos, mas também às demais estruturas existentes, pois na maioria das vezes não são pensadas para atender as necessidades de todos e acabam excluindo grande parcela da população.

Se você acompanha nossos blogs, já sabe que limitar a igualdade de acesso a todas as pessoas também é uma forma de capacitismo. Isto reforça a ideia de que existe um corpo padrão e que aqueles que saem deste modelo, não podem ocupar determinados espaços. 

A única forma de garantir a igualdade de acesso a todos os espaços é através do investimento em acessibilidade. Mas você conhece os tipos de acessibilidade existentes?

Neste blog, você encontrará um guia sobre os tipos de acessibilidade e como cada uma delas auxilia na inclusão de pessoas com deficiência em nossa sociedade. Quer saber mais? Continue a leitura!

O que é acessibilidade

Acessibilidade, em sua definição, é a possibilidade de acesso, mas, na prática, seu significado vai muito além disso. 

De acordo com a Constituição Federal Brasileira de 1998, no artigo 5º inciso XV, todos os cidadãos têm direito de ir e vir. Ou seja, é garantido a todos, por lei, o acesso a todos os espaços públicos disponíveis em suas cidades. E este acesso deve ser conferido sem qualquer obstáculo que o limite, garantindo segurança e autonomia, seja ela total ou de forma assistida.

Entretanto, mesmo possuindo os mesmos direitos que os demais cidadãos, é comum vermos pessoas com deficiências serem esquecidas no que diz respeito ao acesso a diferentes meios. Por muitos anos, isto foi naturalizado, deixando-os à margem da sociedade. Mas é dever do Estado garantir meios para que todos possam ter igualdade de acesso e, também de todos os cidadãos, garantir que este direito seja cumprido. 

Mesmo o termo acessibilidade sendo comumente relacionado às pessoas com deficiência, acessibilidade é algo necessário para que todos possam ter seus cotidianos facilitados de alguma forma. Muito além de uma simples rampa, a acessibilidade diz respeito à possibilidade de diferentes pessoas terem igualdade de acesso independente de suas necessidades. 

Como nossa embaixadora, Andrea Schwarz, costuma dizer em suas palestras: “As pessoas não são deficientes. O que é deficiente é o meio em que vivemos”. Então confira os tipos de acessibilidade existentes, para que servem e como elas impactam a vida das pessoas em nossa sociedade.

Acessibilidade Atitudinal

Este termo diz respeito ao conjunto de práticas voltadas para eliminar barreiras sociais entre as pessoas. Ou seja, este tipo de acessibilidade abrange as atitudes necessárias para que nosso meio se torne mais inclusivo para todos. 

O capacitismo já está tão enraizado em nossa sociedade que é comum que este tipo de preconceito aconteça e nem sequer tomemos conhecimento sobre ele, por ser algo já naturalizado. Mas, para mudar isto, é necessário agir ativamente. 

O primeiro passo é entender locais de privilégio e, a partir disso, tomar atitudes possíveis para tornar nossa realidade mais inclusiva. Seja por meio de estudo, conversas com pessoas com deficiência, observação do meio em que estamos inseridos ou uma combinação de todas as opções. O importante é estar sempre atento para que nossas falas e atitudes não reproduzam preconceitos, mesmo que seja sem intenção. 

Para garantir que este tipo de acessibilidade seja implantada em seu meio, é importante estar atento e disposto a combater comportamentos segregacionistas, preconceituosos e discriminatórios. 

Além disso, como falamos anteriormente, estar consciente em relação às questões relacionadas à acessibilidade já é uma forma de acessibilidade atitudinal. Mas, na prática, uma maneira de implementar essa modalidade é destinando recursos para ações e projetos relacionados ao tema. 

Acessibilidade Arquitetônica

Este tipo de acessibilidade é uma das mais conhecidas e também uma das mais fáceis de serem notadas. Isto se dá, pois a acessibilidade arquitetônica diz respeito à adequação de espaços físicos e sem a existência desta, não há possibilidade de que todos transitem pelos espaços. 

E como mencionamos anteriormente, o direito de ir e vir é garantido por lei. Então, cabe ao poder público atuar para que a acessibilidade arquitetônica esteja presente em todos os espaços públicos. 

Muito além de garantir rampas para pessoas com deficiência física, a acessibilidade arquitetônica é necessária para todos. Isto fica evidente quando pensamos, por exemplo, em uma calçada esburacada, que é um risco para qualquer pedestre que circule por ali. Esta barreira pode fazer com que as pessoas precisem circular na rua, entre os carros, correndo risco de acidentes de trânsito, ou arrisquem o deslocamento pela calçada e acabem se acidentando caso não consigam desviar dos obstáculos. 

Alguns exemplos de acessibilidade arquitetônica são: rampas, elevadores, plataformas de elevação, sinais de trânsito com avisos sonoros, sinalização de piso em relevo e muitas outras opções. 

Além dos espaços públicos, é necessário que empresas privadas também implementem esse tipo de acessibilidade em suas dependências para que todos possam ter igualdade de acesso e deslocamento de forma independente e segura. 

Acessibilidade Metodológica (ou Pedagógica)

Assim como o direito de ir e vir, o direito à educação também é garantido a todos por lei. Mas, para que isto seja posto em prática, é necessário que haja acessibilidade metodológica para que todos tenham igualdade de acesso ao conhecimento oferecido. 

A acessibilidade metodológica, também conhecida como acessibilidade pedagógica, diz respeito à ausência de barreiras nas metodologias e técnicas de ensino apresentadas aos alunos. 

Por meio dela, profissionais de ensino têm a possibilidade de agir de acordo com dificuldades ou impossibilidades que seus alunos tenham de compreender o conteúdo apresentado, seja por conta do método, do conceito ou da forma como é apresentado.

Um exemplo prático de como professores podem implementar este tipo de acessibilidade ficou conhecido recentemente, quando a ex-BBB Jessilane Alves, contou que aprendeu a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para que todos seus alunos fossem incluídos em suas aulas e tivessem total entendimento do conteúdo que estava sendo passado. 

Além deste exemplo, para implementar a acessibilidade metodológica, é possível aplicar diversificação curricular, uso de novas metodologias e muitas outras opções de ensino flexível de acordo com as necessidades de cada turma. 

Acessibilidade Comunicacional

Este é mais um tipo de acessibilidade que vai de encontro com uma legislação que garante direitos aos cidadãos, mas nem sempre esta é cumprida. A informação é um direito de todos, mas, para isso, muitas vezes é necessário que haja uma comunicação inclusiva. 

Recentemente, compartilhamos em nosso blog a mudança na Lei do SAC, que agora garante que todos os canais ofereçam acessibilidade comunicacional para seus clientes. 

Dessa forma, a acessibilidade deixa de ser restrita ao atendimento telefônico, o que reduzia a acessibilidade plena a uma parcela da população, e passa a abranger um número muito maior de pessoas. 

Nas instituições privadas, para garantir que todos os funcionários consigam se comunicar efetivamente, é válido implementar ferramentas de acessibilidade digital em seus sistemas de comunicação interna. 

Algumas opções possíveis de implementação da acessibilidade comunicacional é por meio da contratação de intérpretes de libras, do investimento em ambientes virtuais acessíveis, ferramentas de acessibilidade digital e uso de técnicas de comunicação inclusiva. 

Acessibilidade Digital

Atualmente, os aparelhos eletrônicos se tornaram extensões de quem somos e, por isso, a cada dia vemos mais a migração de rotinas, hábitos e serviços, que sempre foram físicos, para o meio digital. 

Porém, nem sempre as barreiras digitais são rompidas para que todos tenham uma navegação igualitária. Sem acessibilidade digital, pessoas com deficiência ou dificuldades de navegação na internet, como idosos, pessoas em fase de alfabetização, analfabetos e crianças em fase de aprendizado, são impossibilitados de realizar tarefas que podem parecer simples no cotidiano para muitas pessoas. 

Comprar algo em uma loja online, por exemplo, pode ser uma tarefa impossível sem que haja uma descrição de imagens e/ou o acesso a leitores de texto. Dessa forma, algo que foi feito para facilitar, evitando o deslocamento até uma loja física, acaba se tornando um grande transtorno, impossibilitando que a compra seja feita de forma independente ou até mesmo fazendo com que a pessoa desista de adquirir o produto desejado.

Para resolver a falta de acessibilidade digital, é necessário investir em #TecnologiaComProposito. Há mais de 8 anos no mercado, a EqualWeb se tornou uma das líderes mundiais e pioneiras em Acessibilidade Digital para pessoas com limitações no acesso a informações digitais e navegação na internet. 

Implementando a solução da EqualWeb, sua empresa rompe com barreiras comunicacionais, atitudinais e digitais e pode disponibilizar até 31 funcionalidades de acessibilidade digital para seus websites, oferecendo igualdade de acesso para todos.

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