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Empresas gastam milhões em campanhas para atrair usuários aos seus canais digitais. Mas muitos sequer percebem que parte desse investimento se perde assim que o visitante entra no site e encontra barreiras que o impedem de interagir, de navegar ou de finalizar uma compra.

A acessibilidade digital é uma dessas barreiras invisíveis para uns, mas intransponíveis para outros. Não estamos falando de “um detalhe técnico” ou de “um público pequeno”. Estamos falando de mais de 18 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, segundo o IBGE. Se esse número já não fosse expressivo por si só, ainda podemos adicionar a ele mais de 32 milhões de pessoas na terceira idade, e tantos outros públicos que precisam de acessibilidade digital, como pessoas com baixa escolaridade, dislexia, daltonismo, TDAH, pessoas com deficiências temporárias, e muitos outros. 

Esse público não apenas existe. Ele consome, compartilha, influencia e, acima de tudo, desiste de marcas que não considera acessíveis.

Sendo assim, investir em acessibilidade digital vai além de uma questão técnica. É uma escolha estratégica que impacta diretamente a reputação, o alcance e a eficiência do marketing. Afinal, a inclusão digital vai além da tecnologia, trata-se também de criar espaços onde todos são bem-vindos e considerados. E quando esse espaço não existe, as barreiras se tornam silenciosas, mas significativas.

Então, que tal entender como a ausência de acessibilidade digital pode comprometer a estratégia de marketing digital, e o que fazer para transformar essa realidade em um diferencial competitivo? Continue a leitura e confira!

Como a falta de inclusão digital afeta o comportamento do usuário?

Você segmenta, investe em mídia, gera tráfego qualificado, mas a conversão não acontece. O que pode estar errado?

Se você usa um site que não funciona bem com leitores de tela, que exige o uso do mouse, que não oferece contraste suficiente entre texto e fundo ou que não disponibiliza legendas em vídeos, há uma grande chance de que usuários estejam simplesmente indo embora. E o pior: sem deixar rastro de que a falha não foi no criativo, no CTA ou no canal, mas na própria experiência de navegação.

Esse tipo de abandono acontece de forma silenciosa. Sem nem mesmo uma reclamação formal, uma mensagem direta ou um aviso claro nos relatórios de analytics. O que se observa é uma taxa maior de rejeição, uma queda no tempo de permanência e uma conversão abaixo do esperado. A falta de acessibilidade não aparece como um erro evidente, mas como uma ausência que enfraquece gradualmente a performance.

E, ao contrário do que muitos imaginam, essa exclusão não afeta apenas um grupo específico. Ela impacta pessoas na terceira idade, pessoas neuro divergentes, pessoas com deficiências temporárias e tantos outros grupos. Agora multiplique isso pelo custo de aquisição de cada lead que não converteu por esse motivo e entenda a gravidade dessa situação para a equipe de marketing digital.

Como a falta de acessibilidade sabota suas métricas de marketing digital?

Campanhas pensadas para atrair e converter usuários podem falhar simplesmente porque não estão acessíveis. Quando um anúncio leva para uma página com elementos confusos ou que não podem ser lidos por leitores de tela, por exemplo, perde-se a oportunidade de engajamento com aquele público. Mesmo as melhores ofertas perdem valor quando o caminho até elas é inacessível.

A ausência de acessibilidade também interfere nos resultados orgânicos, afetando indicadores como tempo de permanência, taxa de rejeição e posicionamento em buscadores. Muitos dos requisitos que tornam um site acessível também otimizam sua performance em mecanismos de busca. Estruturas bem definidas, imagens com descrição, links compreensíveis, tudo isso favorece tanto o SEO quanto a usabilidade geral. Negligenciar esses aspectos significa abrir mão de visibilidade e relevância.

Além disso, marcas que não consideram a acessibilidade acabam demonstrando uma imagem de distanciamento. Mesmo sem intenção, elas transmitem a ideia de que certos perfis de pessoas não fazem parte do seu público-alvo. Essa percepção se espalha e compromete o valor da marca no longo prazo, especialmente em um mercado cada vez mais atento à diversidade e à representatividade.

Quais são os sinais de que seu site não é acessível?

A falta de acessibilidade se manifesta em pequenos detalhes que, somados, comprometem toda a experiência. Infelizmente, muitas empresas ainda enxergam a acessibilidade como algo técnico, a ser resolvido apenas pelo TI da empresa, mas isso é um erro. A acessibilidade é uma decisão estratégica que envolve branding, posicionamento e diferenciação de mercado.

Os possíveis obstáculos que a falta de acessibilidade digital cria não estão visíveis na superfície para quem não precisa deles, mas são imediatamente percebidos por quem depende desses recursos para navegar. A verdade é que o consumidor nota e o algoritmo também. Afinal, o Google valoriza cada vez mais fatores de usabilidade e experiência do usuário. E as diretrizes WCAG, que orientam boas práticas de acessibilidade, estão alinhadas com os mesmos princípios usados por mecanismos de ranqueamento.

Ou seja: investir em acessibilidade é melhorar a performance de SEO, reforçar a identidade da marca e alinhar coerência entre discurso e prática.

Quais os benefícios de aplicar acessibilidade digital no marketing digital?

Marcas que implementam acessibilidade conquistam novos públicos, ganham reputação positiva e se diferenciam. Não como uma “obrigação legal”, mas como parte de uma estratégia inteligente de crescimento sustentável.

Para entender isso com dados, podemos observar o mercado de e-commerce: o varejo online brasileiro movimentou mais de R$185 bilhões em 2023, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Mas imagine quantos milhões foram perdidos porque usuários com deficiência visual, auditiva ou motora não conseguiram concluir uma compra por causa de barreiras no site?

E vale lembrar: não estamos falando apenas de pessoas com deficiência permanente. Mais pessoas conseguem compreender, interagir e se envolver com o que você produz. Isso se traduz em maior engajamento, melhor taxa de permanência e aumento nas conversões. A comunicação torna-se mais eficiente porque considera diferentes formas de perceber e entender o mundo.

Além disso, a acessibilidade melhora a usabilidade para todos. Ao simplificar linguagens, melhorar contrastes, organizar informações e facilitar a navegação, você torna seu site mais intuitivo e agradável. Mesmo quem não precisa de recursos específicos se beneficia dessas melhorias. O resultado é um ambiente digital mais eficiente e mais preparado para atender diferentes expectativas.

Por que a acessibilidade digital é o futuro do marketing?

Seja pelo consumidor, pelo algoritmo, pela lei ou pela concorrência, sua marca será cobrada pela forma como trata a inclusão. E quem se antecipa transforma isso em vantagem.

Ao fazer isso, você constrói além de um site ou uma campanha, mas uma experiência acolhedora, eficiente e memorável. Uma experiência que respeita o tempo, o ritmo e a singularidade de cada usuário. E isso, no fim das contas, é o que diferencia marcas que simplesmente falam daquelas que são, de fato, ouvidas.

A acessibilidade digital não é um destino final, mas um caminho constante de melhoria. A cada ajuste, a cada escolha mais consciente, sua marca se aproxima de um marketing mais humano, mais relevante e mais conectado com o presente e o futuro. 

Para ajudar nesse percurso, a tecnologia EqualWeb oferece mais de 50 recursos, além de serviços como auditoria, treinamento, teste e gestão de acessibilidade, para tornar esse caminho mais simples e eficaz. 

Se você quer que mais pessoas acessem, entendam e escolham sua marca, comece permitindo que todos consigam usar seus canais digitais de verdade.

Se você quer tornar seus canais digitais mais inclusivos e acessíveis, entre em contato com a EqualWeb e saiba como transformar sua experiência digital em um ambiente acolhedor.