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  • EqualWeb apoia estudo inédito sobre empregabilidade de pessoas com deficiência

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    É inegável que desde a criação da Lei de Cotas, o mercado de trabalho deu espaço para muito mais pessoas com deficiência. Mas, mesmo com a legislação, o número de profissionais com deficiência empregados ainda está longe do ideal. 

    Além da presença (ou ausência) de pessoas com deficiência nas corporações, também vale pontuar que o cumprimento da lei vai além de apenas inserir uma pessoa com deficiência. A permanência dela depende de ferramentas para garantir a acessibilidade e estruturas organizacionais que permitam seu crescimento na empresa. 

    Ciente de um cenário onde tais pontos não são priorizados, a NOZ inteligência realizou o Estudo sobre Pessoas com Deficiência e Empregabilidade, com apoio da EqualWeb. 

    O levantamento visa conhecer o retrato da população com deficiência em idade economicamente ativa, além de entender os desafios para a inclusão e as oportunidades para a mudança efetiva do mercado de trabalho atual.

    Quer conhecer alguns dos principais resultados e reflexões obtidos com a pesquisa? Continue a leitura e confira!

    estudo. Imagem de um escritório de trabalho com várias pessoas trabalhando. No foco da imagem aparece uma menina negra de cabelo preso, mexendo no computador. O atual cenário do mercado de trabalho 

    Mesmo com a existência de legislações garantindo direitos às pessoas com deficiência, o mercado de trabalho brasileiro não é igualitário quando se compara a presença de pessoas  com e sem deficiência. 

    Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE, 2019), apenas 28,3% dos trabalhadores com deficiência e/ ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) fazem parte do mercado de trabalho no país, enquanto pessoas sem deficiência têm presença de 66,3%.

    Se não bastasse a disparidade em relação à presença e a continuidade de pessoas com deficiência em empregos, também vale ressaltar que suas remunerações costumam ser, em média, mil reais abaixo da remuneração dos profissionais sem deficiência.

    Para entender melhor a realidade atual, a NOZ Inteligência coletou respostas de 3.730 pessoas com deficiência e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) e 697 pessoas sem deficiência. Com estes dados, pode-se observar que, entre os respondentes com deficiência e/ou TEA, 34,4% estão desempregados atualmente. Dentro deste grupo:

     

    estudo. Gráfico com os seguintes dados: 31,3% estão em busca de uma nova oportunidade  3,1% não estão procurando recolocação profissional no momento 1,9% já estão aposentados (sendo 1,1% por invalidez e 0,8% por tempo de contribuição ou idade) 1,7% estão empreendendo ou em fase de planejamento de um novo negócio 2,3% trabalham como consultores, autônomos ou freelancers 51,8% possuem vínculo empregatício (no regime CLT, com carteira de trabalho assinada) 2,5% prestam serviços para empresas de forma fixa e contínua (como Pessoa Jurídica ou sem carteira de trabalho assinada) 1,6% são estagiários ou jovens aprendizes 4,0% são funcionários ou servidores públicos

    Observando os 1.280 entrevistados com deficiência ou TEA que estão desempregados no momento, pôde-se obter os seguintes resultados: 114 estão fora do mercado de trabalho e não estão procurando recolocação no momento e 1.166 estão sem ocupação profissional no momento, mas em busca de uma nova oportunidade.

    Dentro deste grupo de profissionais fora do mercado de trabalho, foram obtidos os seguintes dados:

     

    estudo. Gráfico apresentando a porcentagem de tempo sem ocupação profissional. 28% há mais de 2 anos 10% nunca atuaram profissionalmente 11% entre 1 e 2 anos 14% entre 6 e 12 meses 37% até 6 meses

    Observando os entrevistados que afirmaram estar fora do mercado de trabalho e não estar procurando recolocação no momento, os motivos que os fazem estar nesta situação podem ser um sinal de alerta para o mercado de trabalho nacional. Segundo pesquisa, dos 114 respondentes que não estão procurando recolocação no momento:

     

    • 63% afirmou estar nesta situação devido à falta de vagas e oportunidades profissionais
    • 37% apontou preconceito contra profissionais com deficiência
    • 17% contou não se sentir qualificado(a) profissionalmente
    • 11% tem receio de perder o BPC ou outro benefício
    • 8% pontuou falta de infraestrutura, acessibilidade para locomoção na cidade onde mora
    • 7% se sente altamente desmotivado e desencorajado pela família
    • 4% nunca teve interesse

     

    Já entre os desempregados que afirmaram estar procurando recolocação profissional, quando questionados se costumam identificar em seus currículos que são pessoas com deficiência: 80% deles se identificam, 16% relatam depender do tipo de vaga e 4% dizem que nunca se identificam como uma pessoa com deficiência. 

    No que diz respeito ao tamanho das empresas que empregam os profissionais respondentes da pesquisa, tivemos uma surpresa positiva. Como sabemos, a Lei de Cotas determina que todas as empresas com quadro de funcionários acima de 100 pessoas devem ter entre  2% e 5% do número total de funcionários composto por pessoas com deficiência. 

    Mas ao observarmos os resultados obtidos, notamos que empresas de até 100 funcionários, mesmo sem obrigação legal, contam em suas equipes com profissionais com deficiência ou TEA. Confira no gráfico:

     

    estudo. Banner com os seguintes dados: 8% entre 0 e 50 funcionários 6% entre 51 e 100 funcionários 9% entre 101 e 300 funcionários 8% entre 301 e 500 funcionários 12% entre 501 e 1.000 funcionários 22% entre 1.001 e 5000 funcionários 35% acima de 5.000 funcionários

    Como o nível de escolaridade afeta a presença de pessoas com deficiência no mercado de trabalho?

    Visando diminuir a desigualdade social, ampliar a diversidade nas universidades e, consequentemente, viabilizar uma maior pluralidade do mercado de trabalho, em agosto de 2012 foi sancionada a Lei de Cotas para o Ensino Superior. A Lei 12.711/2012 decretou a reserva de 50% de vagas nas universidades federais para ingressantes pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas.

    Segundo o IBGE de 2019, há cerca de 17,3 milhões de pessoas com pelo menos um tipo de necessidade relacionada às suas funções, representando assim 8,4% da população. 

    Porém, os dados mostram que entre as pessoas com deficiência, 67,6% não possuem qualquer nível de escolaridade ou não concluíram sequer o ensino fundamental. Este percentual representa mais do que o dobro quando comparado ao nível de escolaridade de pessoas sem deficiência (30,9%). 

    Sobre os índices de pessoas com ensino médio completo ou superior incompleto, a população com deficiência conta com 16,6% de participação, enquanto pessoas sem deficiência representam 37,2%. Já em relação ao ensino superior, apenas 5% das pessoas com deficiência possuem o nível superior completo, enquanto 17% das pessoas sem deficiência contam com alguma graduação.

    Observando estes dados, foi possível verificar que a escolaridade é um artifício importante para o crescimento profissional.

    Isto fica explícito quando observamos que, entre aqueles que possuem ensino superior incompleto, 87% são assistentes, auxiliares, aprendizes ou estagiários; 7% ocupam vagas de analista; e 6% das pessoas exercem cargos de alta e média liderança. Já entre os que cursaram o ensino superior completo, 49% deles são assistentes, auxiliares, aprendizes ou estagiários; 33% são analistas; e 18% estão em cargos de alta e média liderança. 

     

    estudo. Banner apresentando o porcentagem e cargos que as pessoas ocupam quando possuem ensino superior completa e incompleto.

    Como a falta de acessibilidade pode afetar a vida profissional?

    Como já falamos aqui no artigo, existem vários tipos de acessibilidade e a falta delas pode ser crucial para a inserção e a continuidade de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 

    Sem as adaptações necessárias dos meios para garantir a autonomia de pessoas com deficiência, tarefas que deveriam ser simples, como andar de ônibus ou chegar a um andar superior, se tornam impossíveis. Por isso, a pesquisa buscou entender como as pessoas com deficiência encaram a falta de diferentes tipos de acessibilidade na nossa sociedade:

     

    estudo. Banner mostrando o Impacto e dificuldades da falta de acessibilidade na rotina profissional e na busca de vagas de emprego.

    De acordo com a RAIS, em 2020, apenas 1% dos brasileiros que possuem empregos com carteira assinada eram pessoas com deficiência. Isto significa que, mesmo com a Lei de Cotas em vigor, apenas 495 mil das 46 milhões de pessoas em empregos formais possuem alguma deficiência. 

    Apesar da legislação protegendo os direitos das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, ainda é comum observarmos corporações que tentam driblar esta lei. 

    Isto ocorre, por exemplo, quando as empresas buscam profissionais com deficiências que exigem menor adaptação e preparo em seu próprio ambiente físico ou digital, cumprindo assim com a lei, mas preterindo pessoas com outros tipos de deficiências.

    Para mudar esse cenário, é imprescindível investir em acessibilidade. Só assim será possível criar um ambiente e uma sociedade mais diversos, onde pessoas com diferentes vivências poderão colaborar para que todos se sintam parte das mais diversas esferas da nossa sociedade. 

    Dentre as diferentes formas de implementar medidas acessíveis no meio em que estamos inseridos, as funções de acessibilidade digital oferecidas nas soluções da EqualWeb, apoiadora do Estudo sobre Pessoas com Deficiência e Empregabilidade, é uma forma de caminhar rumo a um mundo mais inclusivo para todos. 

    Confira o que nosso Head Institucional, Edmundo Fornasari, tem a dizer sobre a importância da acessibilidade digital:

     

    estudo. Banner com o seguinte texto: Acessibilidade Digital por Edmundo Fornasari, da EqualWeb. Hoje, a internet não é um ambiente acessível e inclusivo para quem precisa de acessibilidade digital. Sendo assim, os aplicativos de acessibilidade proporcionam equidade de oportunidades entre quem precisa e quem não precisa de acessibilidade digital. Do ponto de vista de mercado, ser acessível digitalmente amplia as possibilidades de negócios, já que a empresa passa a se relacionar com mais pessoas. Institucionalmente, a acessibilidade digital é um ponto importante para o posicionamento estratégico de uma empresa, pois demonstra que ela se importa com essas pessoas e impacta positivamente na percepção da marca. Por fim, ser acessível fisicamente e digitalmente é lei. É obrigatório prover acessibilidade para todas as pessoas em todos os canais de relacionamento, incluindo o digital.

    Ainda há um longo caminho rumo à inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

    Observando os resultados obtidos no Estudo sobre Pessoas com Deficiência e Empregabilidade, ficou evidente que ainda há um longo caminho rumo à inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

    Mudar esta realidade é um dever de todos para que, não apenas pessoas com deficiência, mas a sociedade como um todo se beneficie do aumento da diversidade de ideias, vivências e conhecimentos que só ambientes inclusivos podem oferecer. 

    Gostou de saber sobre os resultados deste Estudo e quer ficar por dentro de todos os outros resultados obtidos? Baixe o estudo e confira na íntegra!


A EqualWeb é uma das soluções líderes globais em acessibilidade digital. Há 8 anos, vem tornando sites e conteúdos digitais acessíveis para pessoas que possuem alguma necessidade ou dificuldade específica para navegar na web.

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