A EqualWeb é uma das soluções líderes globais em acessibilidade digital. Há 8 anos, vem tornando sites e conteúdos digitais acessíveis para pessoas que possuem alguma necessidade ou dificuldade específica para navegar na web.



A acessibilidade digital é um tema cada vez mais presente em projetos de tecnologia, design e comunicação. Mas, à medida que o tema ganha visibilidade, cresce também o interesse e algumas dúvidas sobre os caminhos que levam a uma web mais acessível. E aí entram três nomes que aparecem com frequência: WCAG, NBR 17225 e LBI.
Embora esses três estejam relacionados à acessibilidade, não significam a mesma coisa. São estruturas distintas, com naturezas diferentes, e que atuam em camadas complementares. Ainda assim, é comum que empresas e profissionais da área misturem os conceitos ou tratem como se fossem equivalentes, o que pode levar a decisões equivocadas tanto no desenvolvimento técnico quanto no cumprimento legal.
Esse blog foi feito para quem deseja entender o que cada uma dessas referências representa, e como elas se conectam. Aqui vamos tratar o que significam essas siglas, quais são os papéis de cada uma delas e por que entendê-las pode fazer a diferença para quem quer construir experiências mais inclusivas. Vale a pena continuar a leitura. Confira!
A WCAG (Web Content Accessibility Guidelines) é uma diretriz internacional desenvolvida pelo W3C, o principal consórcio responsável por definir padrões da web. O objetivo da WCAG é tornar o conteúdo digital acessível para o maior número possível de pessoas, incluindo aquelas com deficiência visual, auditiva, motora, cognitiva e outras.
As diretrizes são organizadas em quatro princípios fundamentais:
Perceptível – o conteúdo precisa ser apresentado de forma que todas as pessoas consigam perceber, seja com visão, audição ou tecnologias assistivas;
Operável – todos os elementos devem ser utilizáveis por diferentes meios, inclusive por teclado ou comandos de voz;
Compreensível – a navegação e os conteúdos devem ser fáceis de entender;
Robusto – o site precisa funcionar em diversos navegadores, dispositivos e tecnologias assistivas.
Cada critério de sucesso da WCAG pode ser cumprido em três níveis de conformidade:
Nível A: requisitos mínimos;
Nível AA: o mais recomendado em projetos profissionais;
Nível AAA: o mais rigoroso, voltado para casos específicos.
Um exemplo prático dessa diretriz é o critério de contraste de cores. A WCAG define que o texto deve ter uma relação de contraste de pelo menos 4.5:1 com o fundo (nível AA) para que seja legível por pessoas com baixa visão. Outro exemplo é oferecer alternativas textuais para imagens, permitindo que leitores de tela interpretem o conteúdo visual.
A NBR 17225 é uma norma técnica brasileira publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em 2023. Ela nasceu da necessidade de adaptar as diretrizes internacionais à realidade do Brasil, levando em consideração idioma, contexto local e práticas de acessibilidade já reconhecidas por aqui.
Ela segue as orientações da WCAG, mas vai além, apresenta requisitos técnicos objetivos, com vocabulário padronizado e orientações específicas para avaliação e desenvolvimento de conteúdos digitais acessíveis. A NBR 17225 oferece mais objetividade para empresas, desenvolvedores e avaliadores sobre o que fazer e como medir a acessibilidade.
Por exemplo, enquanto a WCAG recomenda que haja controle de foco visual em elementos interativos, a NBR especifica como esse foco deve ser demonstrado visualmente, com cores, espessuras e posicionamento. Ela também orienta como documentar essas conformidades durante auditorias de acessibilidade, o que torna o processo mais compreensível e auditável.
Assim, a NBR 17225 fortalece a aplicação prática da WCAG, e cria um ponto de referência nacional para quem quer se comprometer com acessibilidade digital no Brasil.
A LBI (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), é uma legislação federal que assegura os direitos das pessoas com deficiência em diversas áreas: educação, saúde, transporte, cultura e acesso à informação digital
No campo digital, a LBI determina que portais e sites mantidos por empresas e órgãos públicos devem ser acessíveis, ou seja, devem permitir que pessoas com deficiência tenham acesso ao mesmo conteúdo e funcionalidade que as demais.
A LBI é uma obrigação legal. Não se trata de uma sugestão, mas de uma exigência, na prática isso significa que empresas que não seguem a lei podem sofrer sanções administrativas e judiciais, como multas, processos e danos à reputação da marca.
Diferentemente das diretrizes e normas técnicas, a LBI não define exatamente como a acessibilidade deve ser implementada. Ela estabelece o dever, mas deixa a parte técnica para ser guiada por documentos como a WCAG e a NBR 17225.
Apesar das diferenças em natureza e aplicação, as três abordagens compartilham um objetivo comum que é promover a inclusão e a igualdade de acesso no ambiente digital. Todas reconhecem que a acessibilidade vai além de apenas uma questão técnica, mas de cidadania e direitos humanos.
A NBR 17225 adota a WCAG como base técnica, traduzindo e adaptando suas diretrizes para o contexto brasileiro. Já a LBI, embora não seja uma norma técnica, reconhece a importância da acessibilidade digital como um direito fundamental, e se apoia em normas como a NBR para fiscalização e comprovação de conformidade.
Ou seja, a WCAG orienta, a NBR 17225 traduz tecnicamente, e a LBI exige.
Embora a WCAG, a NBR 17225 e a LBI estejam todas voltadas para promover a acessibilidade digital, elas partem de lugares diferentes, com aplicabilidades específicas. Compreender essas diferenças é essencial para saber como cada uma pode ser aplicada em projetos e estratégias de acessibilidade. Abaixo, destacamos algumas diferenças principais, e também exemplos de como cada uma atua de maneira própria no ecossistema digital.
A WCAG é uma diretriz internacional criada pelo W3C, sem força de lei, que serve como base técnica global para acessibilidade digital.
A NBR 17225 é uma norma técnica nacional desenvolvida pela ABNT, com aplicação prática e foco na realidade brasileira.
A LBI (Lei Brasileira de Inclusão) é uma legislação federal com caráter obrigatório, que estabelece direitos das pessoas com deficiência, incluindo o direito à acessibilidade digital.
A WCAG vem do consórcio internacional W3C.
A NBR 17225 foi criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A LBI foi elaborada e aprovada pelo Congresso Nacional.
A WCAG passa por atualizações frequentes, como a versão 2.2, lançada em outubro de 2023.
A NBR 17225 acompanha e adapta essas mudanças ao contexto brasileiro.
A LBI só pode ser modificada por meio do processo legislativo.
A WCAG orienta o que deve ser feito para promover acessibilidade.
A NBR 17225 descreve como aplicar essas orientações, com instruções claras e métricas técnicas.
A LBI exige que o resultado final seja acessível, mas não detalha o caminho técnico para isso.
A WCAG não é obrigatória, mas é amplamente adotada como referência mundial.
A NBR 17225 pode ser exigida em contratos públicos, projetos de acessibilidade e avaliações técnicas no Brasil.
A LBI é obrigatória por ser lei federal, aplicável a empresas, órgãos públicos e instituições que oferecem serviços digitais.
A WCAG define requisitos como contraste mínimo entre texto e fundo, possibilidade de navegação por teclado, uso de textos alternativos, entre outros.
A NBR 17225 especifica como medir esse contraste, quais ferramentas usar e quais padrões seguir.
A LBI exige acessibilidade nos sites, mas não detalha esses critérios técnicos, essa área é preenchida pelas diretrizes e normas.
A WCAG define três níveis: A (básico), AA (intermediário) e AAA (avançado).
A NBR 17225 explica como atingir esses níveis de maneira técnica e mensurável.
A LBI não trata de níveis, apenas do dever de tornar os conteúdos acessíveis.
A WCAG é voltada principalmente para desenvolvedores, designers e especialistas em acessibilidade digital.
A NBR 17225 é dirigida a profissionais técnicos brasileiros, facilitando a aplicação em nosso mercado.
A LBI se destina a todos os cidadãos, como instrumento de proteção dos direitos das pessoas com deficiência.
Esses são apenas alguns exemplos de como WCAG, NBR 17225 e LBI se diferenciam. Existem muitas outras nuances como a forma de implementação, os contextos de uso: educação, serviços públicos, e-commerce etc., e as exigências específicas de cada setor. Compreender essas diferenças é essencial para qualquer organização que deseje oferecer uma experiência digital mais eficiente e acessível.
Se você quer saber como tornar seu site ou sistema acessível com base nessas três referências, conheça a EqualWeb, uma solução completa que ajuda empresas brasileiras a se alinharem com as diretrizes internacionais, normas técnicas e exigências legais, de forma prática e eficaz.
Tecnologia a favor da inclusão: a EqualWeb ao seu lado
Entender o papel da WCAG, da NBR 17225 e da LBI é essencial para qualquer empresa que desenvolva experiências digitais, seja um portal institucional, uma plataforma de e-commerce, ou um app de serviços. Mais do que uma obrigação legal, a acessibilidade é um compromisso com a diversidade e com a experiência dos clientes de forma ampla.
Assim, a EqualWeb pode ajudar. Nossa tecnologia foi pensada e desenvolvida para facilitar o processo de adaptação às diretrizes internacionais, às normas brasileiras e às exigências legais. Ajudamos sua empresa a permanecer alinhada com boas práticas globais, conformidade nacional e exigências jurídicas, isso de forma integrada e eficiente.
Gostaria de entender como sua empresa pode evoluir na jornada da acessibilidade digital com segurança e confiança? Fale com a EqualWeb e conheça a solução completa.
A EqualWeb é uma das soluções líderes globais em acessibilidade digital. Há 8 anos, vem tornando sites e conteúdos digitais acessíveis para pessoas que possuem alguma necessidade ou dificuldade específica para navegar na web.
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