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  • WCAG, NBR 17225 e LBI: conheça as principais semelhanças e diferenças

    A acessibilidade digital é um tema cada vez mais presente em projetos de tecnologia, design e comunicação. Mas, à medida que o tema ganha visibilidade, cresce também o interesse e algumas dúvidas sobre os caminhos que levam a uma web mais acessível. E aí entram três nomes que aparecem com frequência: WCAG, NBR 17225 e LBI.

    Embora esses três estejam relacionados à acessibilidade, não significam a mesma coisa. São estruturas distintas, com naturezas diferentes, e que atuam em camadas complementares. Ainda assim, é comum que empresas e profissionais da área misturem os conceitos ou tratem como se fossem equivalentes, o que pode levar a decisões equivocadas tanto no desenvolvimento técnico quanto no cumprimento legal.

    Esse blog foi feito para quem deseja entender o que cada uma dessas referências representa, e como elas se conectam. Aqui vamos tratar o que significam essas siglas, quais são os papéis de cada uma delas e por que entendê-las pode fazer a diferença para quem quer construir experiências mais inclusivas. Vale a pena continuar a leitura. Confira! 

    NBR-17225. Pessoa usando um notebook acessando a página “WCAG 2 Overview” no site da W3C Web Accessibility Initiative.O que é a WCAG?

    A WCAG (Web Content Accessibility Guidelines) é uma diretriz internacional desenvolvida pelo W3C, o principal consórcio responsável por definir padrões da web. O objetivo da WCAG é tornar o conteúdo digital acessível para o maior número possível de pessoas, incluindo aquelas com deficiência visual, auditiva, motora, cognitiva e outras.

    As diretrizes são organizadas em quatro princípios fundamentais:

    Perceptível – o conteúdo precisa ser apresentado de forma que todas as pessoas consigam perceber, seja com visão, audição ou tecnologias assistivas;

    Operável – todos os elementos devem ser utilizáveis por diferentes meios, inclusive por teclado ou comandos de voz;

    Compreensível – a navegação e os conteúdos devem ser fáceis de entender;

    Robusto – o site precisa funcionar em diversos navegadores, dispositivos e tecnologias assistivas.

    Cada critério de sucesso da WCAG pode ser cumprido em três níveis de conformidade:

    Nível A: requisitos mínimos;

    Nível AA: o mais recomendado em projetos profissionais;

    Nível AAA: o mais rigoroso, voltado para casos específicos.

    Um exemplo prático dessa diretriz é o critério de contraste de cores. A WCAG define que o texto deve ter uma relação de contraste de pelo menos 4.5:1 com o fundo (nível AA) para que seja legível por pessoas com baixa visão. Outro exemplo é oferecer alternativas textuais para imagens, permitindo que leitores de tela interpretem o conteúdo visual.

    NBR-17225. Homem usando cadeira de rodas, vestindo camisa jeans azul, digitando em um notebook prateado sobre uma mesa de madeira. Ao lado do notebook, há uma xícara branca com café da.O que é a NBR 17225?

    A NBR 17225 é uma norma técnica brasileira publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) em 2023. Ela nasceu da necessidade de adaptar as diretrizes internacionais à realidade do Brasil, levando em consideração idioma, contexto local e práticas de acessibilidade já reconhecidas por aqui.

    Ela segue as orientações da WCAG, mas vai além, apresenta requisitos técnicos objetivos, com vocabulário padronizado e orientações específicas para avaliação e desenvolvimento de conteúdos digitais acessíveis. A NBR 17225 oferece mais objetividade para empresas, desenvolvedores e avaliadores sobre o que fazer e como medir a acessibilidade.

    Por exemplo, enquanto a WCAG recomenda que haja controle de foco visual em elementos interativos, a NBR especifica como esse foco deve ser demonstrado visualmente, com cores, espessuras e posicionamento. Ela também orienta como documentar essas conformidades durante auditorias de acessibilidade, o que torna o processo mais compreensível e auditável.

    Assim, a NBR 17225 fortalece a aplicação prática da WCAG, e cria um ponto de referência nacional para quem quer se comprometer com acessibilidade digital no Brasil.

    NBR-17225. Mãos de uma pessoa negra lendo um livro em braille. O livro está aberto sobre o colo.O que é a LBI?

    A LBI (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), é uma legislação federal que assegura os direitos das pessoas com deficiência em diversas áreas: educação, saúde, transporte, cultura e acesso à informação digital

    No campo digital, a LBI determina que portais e sites mantidos por empresas e órgãos públicos devem ser acessíveis, ou seja, devem permitir que pessoas com deficiência tenham acesso ao mesmo conteúdo e funcionalidade que as demais.

    A LBI é uma obrigação legal. Não se trata de uma sugestão, mas de uma exigência, na prática isso significa que empresas que não seguem a lei podem sofrer sanções administrativas e judiciais, como multas, processos e danos à reputação da marca.

    Diferentemente das diretrizes e normas técnicas, a LBI não define exatamente como a acessibilidade deve ser implementada. Ela estabelece o dever, mas deixa a parte técnica para ser guiada por documentos como a WCAG e a NBR 17225.

    NBR-17225. Mulher, com cabelos curtos e escuros, usando óculos e brincos de argola, olhando atentamente para a tela de um notebook. Ela segura os óculos com as duas mãos. Ao fundo, há uma parede de tijolos e uma janela de vidro. Quais as semelhanças entre WCAG, NBR 17225 e LBI?

    Apesar das diferenças em natureza e aplicação, as três abordagens compartilham um objetivo comum que é promover a inclusão e a igualdade de acesso no ambiente digital. Todas reconhecem que a acessibilidade vai além de apenas uma questão técnica, mas de cidadania e direitos humanos.

    A NBR 17225 adota a WCAG como base técnica, traduzindo e adaptando suas diretrizes para o contexto brasileiro. Já a LBI, embora não seja uma norma técnica, reconhece a importância da acessibilidade digital como um direito fundamental, e se apoia em normas como a NBR para fiscalização e comprovação de conformidade.

    Ou seja, a WCAG orienta, a NBR 17225 traduz tecnicamente, e a LBI exige.

    NBR-17225. Óculos de grau com armação preta apoiados sobre um notebook aberto, em uma mesa de madeira clara. Ao fundo, há cadernos empilhados e uma planta decorativa em um vaso.Quais as diferenças?

    Embora a WCAG, a NBR 17225 e a LBI estejam todas voltadas para promover a acessibilidade digital, elas partem de lugares diferentes, com aplicabilidades específicas. Compreender essas diferenças é essencial para saber como cada uma pode ser aplicada em projetos e estratégias de acessibilidade. Abaixo, destacamos algumas diferenças principais, e também exemplos de como cada uma atua de maneira própria no ecossistema digital.

    Comparativo entre WCAG, NBR 17225 e LBI

    1. Natureza

    A WCAG é uma diretriz internacional criada pelo W3C, sem força de lei, que serve como base técnica global para acessibilidade digital.

    A NBR 17225 é uma norma técnica nacional desenvolvida pela ABNT, com aplicação prática e foco na realidade brasileira.

    A LBI (Lei Brasileira de Inclusão) é uma legislação federal com caráter obrigatório, que estabelece direitos das pessoas com deficiência, incluindo o direito à acessibilidade digital.

     

    1. Origem

    A WCAG vem do consórcio internacional W3C.

    A NBR 17225 foi criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

    A LBI foi elaborada e aprovada pelo Congresso Nacional.

     

    1. Atualizações

    A WCAG passa por atualizações frequentes, como a versão 2.2, lançada em outubro de 2023.

    A NBR 17225 acompanha e adapta essas mudanças ao contexto brasileiro.

    A LBI só pode ser modificada por meio do processo legislativo.

     

    1. Aplicação prática

    A WCAG orienta o que deve ser feito para promover acessibilidade.

    A NBR 17225 descreve como aplicar essas orientações, com instruções claras e métricas técnicas.

    A LBI exige que o resultado final seja acessível, mas não detalha o caminho técnico para isso.

     

    1. Obrigatoriedade

    A WCAG não é obrigatória, mas é amplamente adotada como referência mundial.

    A NBR 17225 pode ser exigida em contratos públicos, projetos de acessibilidade e avaliações técnicas no Brasil.

    A LBI é obrigatória por ser lei federal, aplicável a empresas, órgãos públicos e instituições que oferecem serviços digitais.

     

    1. Critérios de acessibilidade

    A WCAG define requisitos como contraste mínimo entre texto e fundo, possibilidade de navegação por teclado, uso de textos alternativos, entre outros.

    A NBR 17225 especifica como medir esse contraste, quais ferramentas usar e quais padrões seguir.

    A LBI exige acessibilidade nos sites, mas não detalha esses critérios técnicos, essa área é preenchida pelas diretrizes e normas.

     

    1. Níveis de conformidade

    A WCAG define três níveis: A (básico), AA (intermediário) e AAA (avançado).

    A NBR 17225 explica como atingir esses níveis de maneira técnica e mensurável.

    A LBI não trata de níveis, apenas do dever de tornar os conteúdos acessíveis.

     

    1. Público-alvo

    A WCAG é voltada principalmente para desenvolvedores, designers e especialistas em acessibilidade digital.

    A NBR 17225 é dirigida a profissionais técnicos brasileiros, facilitando a aplicação em nosso mercado.

    A LBI se destina a todos os cidadãos, como instrumento de proteção dos direitos das pessoas com deficiência.

    Esses são apenas alguns exemplos de como WCAG, NBR 17225 e LBI se diferenciam. Existem muitas outras nuances como a forma de implementação, os contextos de uso: educação, serviços públicos, e-commerce etc., e as exigências específicas de cada setor. Compreender essas diferenças é essencial para qualquer organização que deseje oferecer uma experiência digital mais eficiente e acessível.

    Se você quer saber como tornar seu site ou sistema acessível com base nessas três referências, conheça a EqualWeb, uma solução completa que ajuda empresas brasileiras a se alinharem com as diretrizes internacionais, normas técnicas e exigências legais, de forma prática e eficaz.

    Tecnologia a favor da inclusão: a EqualWeb ao seu lado

    Entender o papel da WCAG, da NBR 17225 e da LBI é essencial para qualquer empresa que desenvolva experiências digitais, seja um portal institucional, uma plataforma de e-commerce, ou um app de serviços. Mais do que uma obrigação legal, a acessibilidade é um compromisso com a diversidade e com a experiência dos clientes de forma ampla.

    Assim, a EqualWeb pode ajudar. Nossa tecnologia foi pensada e desenvolvida para facilitar o processo de adaptação às diretrizes internacionais, às normas brasileiras e às exigências legais. Ajudamos sua empresa a permanecer alinhada com boas práticas globais, conformidade nacional e exigências jurídicas, isso de forma integrada e eficiente.

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A EqualWeb é uma das soluções líderes globais em acessibilidade digital. Há 8 anos, vem tornando sites e conteúdos digitais acessíveis para pessoas que possuem alguma necessidade ou dificuldade específica para navegar na web.

Selo de Empresa Promotora de Impacto e Amiga da Inclusão DigitalSelo do Certificado de Acessibilidade Digital: LBI CompliantCertificado da ABNT: WCAG 2.1 AA Compliance

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