A EqualWeb é uma das soluções líderes globais em acessibilidade digital. Há 8 anos, vem tornando sites e conteúdos digitais acessíveis para pessoas que possuem alguma necessidade ou dificuldade específica para navegar na web.
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Pesquisa mostra cenário preocupante da inclusão no Brasil
Ao realizar uma enquete em suas redes sociais questionando qual era o departamento ou pessoa responsável pela acessibilidade digital na empresa de seus seguidores, Andrea Schwarz, conselheira da EqualWeb, acendeu um alerta sobre o cenário da acessibilidade nas empresas brasileiras. De acordo com os resultados obtidos, 36% dos participantes trabalhavam em empresas que não tinham áreas ou pessoas responsáveis pela acessibilidade digital.
Infelizmente, o resultado da enquete diz muito sobre a maturidade das empresas brasileiras para esta pauta, pois quando um tema se encontra amadurecido numa corporação, é comum que haja uma área responsável por ele. Mas quando o assunto é inclusão de pessoas com deficiência, ainda vemos uma responsabilidade dispersa e dividida entre a Presidência, Diretoria TI, Marketing, Inovação, RH, D&I ou Sustentabilidade, muitas vezes, visando apenas se adequar à legislação.
Visando entender a acessibilidade de pessoas com deficiência além da adequação às normas, a “1ª Pesquisa de Maturidade em Inclusão nas Empresas Brasileiras para pessoas com deficiência” foi realizada. Com os resultados obtidos, espera-se que as empresas participantes entendam o estágio de maturidade em que se encontram e tracem um plano de ação, com o objetivo de promover a diversidade e propiciar igualdade de oportunidades para as pessoas com deficiência nas empresas brasileiras.
Quer conhecer alguns dos resultados apresentados pela “1ª Pesquisa de Maturidade em Inclusão nas Empresas Brasileiras para pessoas com deficiência”? Continue a leitura e confira!
O cenário da acessibilidade digital no Brasil
Ao observarmos os resultados da pesquisa “Acessibilidade aos Sites e Aplicativos Brasileiros”, realizada pela BigData Corp, em parceria com o Movimento Web para Todos, podemos perceber que a inclusão digital ainda tem um longo caminho a ser percorrido no Brasil.
O estudo mostra que apenas 0,89% dos 16,89 milhões de sites brasileiros ativos foram aprovados nos testes de acessibilidade. Levando em consideração que 60 milhões de pessoas precisam de algum tipo de recurso de acessibilidade digital para navegar com independência na internet, a realidade se torna ainda mais preocupante, pois notamos que uma parcela representativa da população não tem seu direito ao livre acesso à conteúdos da internet respeitado.
Segundo o artigo 63 da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), “É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no país ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.” Mas, mesmo com a LBI em vigor desde janeiro de 2016, tornando obrigatória a acessibilidade nos sites brasileiros, ainda é notável o atraso em relação à inclusão digital no país e apenas a ação de cada empresa pode transformar esta realidade.
A realização da Pesquisa
Para conhecer em qual estágio de maturidade se encontram as empresas brasileiras quando lidam com a inclusão de pessoas com deficiência em sua estrutura organizacional, a “1ª Pesquisa de Maturidade em Inclusão nas Empresas Brasileiras para pessoas com deficiência” não poderia ter sido lançada em ocasião melhor do que o CONARH 2022, um dos maiores eventos de RH do mundo.
Realizada pelo Instituto e-qual, em parceria com a ABRH e com apoio da EqualWeb e do próprio CONARH, a pesquisa aproveitou a presença dos nomes mais importantes do mercado na 48ª edição do Congresso para entender, de forma ampla, como a Inclusão de pessoas com deficiência está sendo tratada. Para isso, a questão foi abordada sob a ótica de 7 diferentes dimensões, entre as quais destacam-se Compliance e Políticas corporativas, Comunicação e Treinamento, Recrutamento & Seleção, entre outras.
Com os resultados obtidos, é possível não apenas ter um primeiro entendimento do mercado nacional, mas também permite que cada empresa possa traçar ações personalizadas de acordo com seu estágio e necessidades específicas, visando evoluir em seu estágio de maturidade.
Para entender o cenário da inclusão e da acessibilidade no país, 49 empresas de alta relevância participaram da pesquisa, de forma autodeclaratória, informando sobre o atual cenário da acessibilidade e da inclusão de pessoas na sua própria instituição.
Para garantir que o resultado refletisse melhor a realidade, o estudo contou com a participação de empresas de todas as regiões do Brasil. Dando respaldo aos resultados obtidos, metade dos respondentes ocupam cargos de liderança e 45% das organizações participantes possuem mais de 1.000 colaboradores.
Alguns resultados obtidos
No que diz respeito à Gestão da Diversidade e da Inclusão, observamos que apenas 48% das empresas participantes declararam possuir um Conselho ou Comitê de Diversidade e Inclusão (D&I) responsável por acompanhar o desdobramento da estratégia de D&I da organização. Vale destacar que este número contempla ainda 12% de empresas em que este Comitê ainda está em fase de desenvolvimento.
Perguntadas se suas organizações têm uma pessoa ou área exclusiva respondendo pelas questões de Diversidade e Inclusão, 52% das organizações participantes afirmaram possuir responsáveis pelas questões relacionadas à Diversidade e à Inclusão.
No que tange às políticas corporativas relacionadas à diversidade e à inclusão, cerca de 34% das empresas fazem algum tipo de trabalho relacionado à retenção das pessoas com deficiência. E, em média, 45% das organizações possuem algum tipo de ferramenta, incentivo à formação ou treinamento de conduta em relação aos profissionais com deficiência.
De uma forma geral, podemos observar que as empresas ainda são bastante reativas em relação às questões de inclusão. Isso pode ser concluído a partir dos seguintes dados:
Em mais de 70% das empresas, existem canais de denúncias internas e uma política de privacidade para tratar denúncias e lidar com questões relacionadas à preconceito, discriminação ou capacitismo. Porém, somente cerca de 30% das empresas possuem uma política formal de diversidade ou um manual de boas práticas antidiscriminação.
Mas além de incluir pessoas com deficiência para se adequar às normas, é importante garantir que essas pessoas terão espaço para crescer na empresa e alcançar cargos de gestão. Neste sentido, a pesquisa mostrou que 57% das empresas não possuem pessoas com deficiência em cargos de liderança.
Para entender se o panorama da inclusão está evoluindo, buscamos entender como a liderança está comprometida com o processo de inclusão das pessoas com deficiência nas empresas entrevistadas. Os resultados apontam que 45% delas possuem uma liderança comprometida com o processo de inclusão, porém apenas 10% das organizações possuem um programa de mentoria para as pessoas com deficiência na empresa.
Mas além da importância do discurso, é necessário investir em ações de inclusão de pessoas com deficiência. Quando questionados sobre o faturamento organizacional destinado a esta área, 42% das empresas apontaram não possuir orçamento destinado especificamente para as ações de inclusão, 36% revelaram destinar até 0,5% do faturamento organizacional para ações de inclusão de pessoas com deficiência e somente 4% destinam acima de 2% do faturamento organizacional para questões relacionadas à inclusão de pessoas com deficiência.Dentro deste investimento, observamos que 30% das empresas que investem em ações de inclusão são vinculadas exclusivamente à obrigação legal de cumprimento de cota. Por outro lado, outras 40% possuem ações de inclusão definidas no Planejamento Estratégico da empresa. Há ainda, outras 16% com ações pontuais e 14% que não desenvolvem nenhuma ação relacionada à inclusão de pessoas com deficiência.
Quando o assunto é comunicação corporativa, podemos observar os seguintes dados relacionados à representação das pessoas com deficiência:
Nos chamou a atenção observar que, dentre as empresas entrevistadas, 56% contam com sites sem acessibilidade (ou com acessibilidade parcial) e 60% das empresas não contemplam, ou contemplam apenas parcialmente, a acessibilidade digital para as pessoas com deficiência em sua comunicação corporativa.
Como a EqualWeb atua para transformar este cenário
Neste blog, você conferiu alguns dos resultados apresentados na “1ª Pesquisa de Maturidade em Inclusão nas Empresas Brasileiras para pessoas com deficiência” e pôde perceber que ainda há muito a ser feito para que haja acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência nas empresas nacionais. Para conferir um sumário da consolidação desta pesquisa, clique aqui.
O cenário apresentado com os resultados da pesquisa mostra que há muito espaço para evoluir na inclusão e na acessibilidade de pessoas com deficiência no Brasil. Por isso, tornar a navegação na internet inclusiva de fato é o principal propósito da EqualWeb.
Nossa ferramenta conta com até 31 funcionalidades de acessibilidade digital, tais como Comando de voz, Descrição de Imagem, Leitor de texto, Lupa, Guia de Leitura e muitos outros recursos imprescindíveis para tornar a navegação inclusiva para todos.
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